Estudo da Remoção de Captopril e Losartana de Água de Sistemas Simulados Utilizando Bioadsorventes Obtidos de Resíduos Agroindustriais.

Autores

  • Camila de Mello
  • Marcelo Telascrea

Palavras-chave:

fármacos, análise por UV, extração, bioadsorvente.

Resumo

A qualidade da água vem se tornando uma grande preocupação de algumas áreas como a química
analítica ambiental por exemplo, principalmente no que diz respeito a destinação de fármacos
em meios aquáticos, fazendo com que essa temática ganhe notoriedade. A qualidade das águas é
foco de atenção ambiental. Diversas substâncias são descartadas nos meios hídricos, em particular
fármacos, que se tornaram um problema sério e emergente. O uso desenfreado de fármacos
gera problemas ambientais sérios como a contaminação de recursos hídricos e resistência em
certos micro-organismos patógenos, tais como bactérias, que podem se alterar geneticamente e
se tornarem um grave problema de saúde pública. No Brasil, a Portaria n° 518/04 do Ministério
da Saúde e a Resolução n° 357/05 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) não estabelece
limites máximos de resíduos de fármacos para águas, o que justifica o desenvolvimento
de métodos seletivos que permitam análises e estudos sobre a retenção desses compostos evitando
a contaminação das águas. O Captopril é o terceiro medicamento mais utilizado para o
tratamento de hipertensão, ficando atrás apenas da Losartana e Hidroclorotiazida. A excreção
deste fármaco se dá principalmente por vias renais e o seu baixo custo como genérico com igual
eficiência terapêutica, garante maior acessibilidade a este fármaco por parte da população. Dessa
forma, esse projeto de Iniciação Científica propõe o estudo do uso de alguns bioadsorventes
(palha de arroz in natura e calcinado e o carvão ativo) na remoção de dois fármacos comerciais
conhecidos (Captopril e Losartana) de água em sistemas simulado em laboratório. A partir da
criação de curvas de calibração obtida por espectrometria no UV/Vis, pretende-se analisar e
quantificar a capacidade de retenção dos bioadsorventes para os dois fármacos em comparação
com as retenções observadas em carvão ativo. Os resultados apontam que a casca de arroz
calcinada reteve cerca de 50% dos fármacos em estudo, apresentando-se como um excelente
bioadsorvente, além de ser economicamente viável.

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Publicado

2023-09-08