A COVID-19 E SEUS IMPACTOS NA APTIDÃO FÍSICA

DA REDUÇÃO DE DANOS À PROMOÇÃO DE SAÚDE

Resumo

Embora as políticas de isolamento social tenham sido necessárias para a mitigação da propagação de coronavírus 2019 (COVID-19), tal medida contribuiu para a redução do nível de atividade física com simultâneo aumento do comportamento sedentário e mudança no consumo alimentar. Haja visto que os impactos da pandemia tendem a durar pelos próximos meses independentemente da vacinação, como assegurar assistência aos pacientes pós alta hospitalar, idosos ou com comorbidades e sujeitos saudáveis em distanciamento social e/ou trabalho remoto continuam sendo um desafio. Por isso, reforçamos a necessidade de ações de redução de danos e estabelecimento de metas de aptidão cardiorrespiratória e promoção de um estilo de vida mais ativo e saudável. No Brasil, as desigualdades sociais e a descrença nas políticas de distanciamento social e outras ações relacionadas à saúde são desafios adicionais que devem ser enfrentados. Apesar disso, defendemos que a saúde deve ser priorizada mesmo em contexto de pandemia, reforçando a necessidade de estratégias preventivas e políticas públicas que incluam não apenas a mitigação da doença e a vacinação, mas também estratégias de redução de danos e incentivo a um estilo de vida saudável. Por fim, é urgente buscar estratégias inovadoras para que as pessoas pratiquem atividade física em casa e em ambientes abertos, respeitando todas as recomendações sanitárias de cada região.