AVALIAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS DA ATENÇÃO HOSPITALAR AO PARTO APÓS A REDE CEGONHA
DOI:
https://doi.org/10.47296/salusvita.v43i01.355Palavras-chave:
Parto Humanizado. Rede Cegonha. Boas Práticas de Atenção ao Parto.Resumo
Introdução: Com a implementação da Rede Cegonha em 2011, o objetivo do Ministério da Saúde era melhorar a assistência à gestação, parto e pós-parto, e reduzir a mortalidade materna e infantil. O monitoramento do programa é importante para que as mudanças sejam realizadas a fim de qualificar cada vez mais a assistência ao parto. Objetivo: Avaliar as boas práticas de atenção ao parto após a Rede Cegonha em um hospital público da cidade de Bauru, São Paulo. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, documental, desenvolvido com análise de prontuários eletrônicos de parturientes na Maternidade Santa Isabel, Bauru-SP, após a implementação da Rede Cegonha (análise nos anos de 2013 e 2019). Resultados: Foram coletados 272 prontuários (131 em 2013 e 141 em 2019). Houve queda de 15% dos partos vaginais de 2013 para 2019 (p=0,007), aumento das boas práticas visto pela diminuição da prática de episiotomia de 43,6% em 2013 para 18,1% em 2019 (p=0,000), aumento na utilização de métodos não farmacológicos (13,7% em 2013 para 41,8% em 2019) e aumento na realização do partograma (26,7% em 2013 para 53% em 2019). Conclusão: Com a implementação da Rede Cegonha, apesar do aumento de partos cesáreas, houve aumento de boas práticas de atenção ao parto como diminuição da episiotomia, aumento de métodos não farmacológicos, presença de acompanhante e liberdade na escolha da posição no parto. Práticas úteis que devem ser estimuladas para garantir uma melhor assistência e repercutir positivamente na saúde materno-infantil.