MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS POR DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS
UMA REVISÃO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.47296/salusvita.v43i01.655Palavras-chave:
Infecções, Coronavírus, HIV, Poliomielite, Hanseníase, Zika Vírus, COVID-19, Manifestações neurológicasResumo
Introdução: Nas décadas de 60 e 70, o Brasil enfrentava endemias de doenças infecciosas que eram comumente associadas à fome, desnutrição e falta de saneamento básico. Com isso, as políticas públicas impulsionaram a industrialização e a urbanização do país. Por volta de 2000, 50% da população ainda possuía boa qualidade de vida, como acesso à água e rede de esgoto. As principais doenças infectocontagiosas eram a febre amarela e doenças virais, gerando impactos, não somente sociais, mas também econômicos e políticos, sendo considerado um problema de saúde pública. Destacando doenças que provocam manifestações neurológicas, serão abordadas desde a hanseníase e a poliomielite, com alta incidência na população brasileira na década de 80, até doenças mais atuais, que assolam a saúde pública brasileira da década de 80 em diante, a epidemia de vírus da imunodeficiência humana (HIV), Zika vírus e COVID-19. Objetivo: Identificar as principais sequelas neurológicas causadas pela hanseníase, poliomielite, Zika vírus, HIV e COVID-19. Métodos: Revisão de literatura por meio de fontes secundárias a partir de buscas nas bases de dados da Scielo, Lilacs e MedLine/PubMed, de estudos publicados entre 2000 e 2024. Incluídos estudos que abordaram as manifestações neurológicas por agentes infecciosos. Resultados: Foram selecionados 20 estudos. As doenças consideradas antigas, hanseníase e poliomielite, possuem revisões atuais e estudos de casos a respeito de manifestações neurológicas. Doenças atuais, como Zika vírus, COVID-19 e HIV, carecem de estudos de caso e ensaios clínicos. No entanto, cerca de 70% dos autores trazem informações parecidas em relação às manifestações neurológicas, tais como paresias, alterações sensoriais e de tônus. Considerações finais: as doenças infecciosas geram sequelas heterogêneas.