Fragilidades e potencialidades na gestão e no uso racional de medicamentos no cuidado em longo prazo a idosos
DOI:
https://doi.org/10.47296/salusvita.v43i01.658Palavras-chave:
Gestão em saúde, Medicamentos, Uso racional de medicamentos, Idosos, CuidadoResumo
Objetivo: este estudo buscou compreender a gestão e o uso racional de medicamentos junto aos responsáveis técnicos da área administrativa e da saúde, de uma residência de cuidado de longa permanência a idosos de natureza filantrópica, sob a perspectiva da promoção do uso racional de medicamentos. Método: a pesquisa foi desenvolvida por meio de entrevistas, da observação da dinâmica administrativa e de cuidado da residência, de visitas exploratórias e da análise documental de 68 registros de administração de medicamentos. A análise dos dados deu-se por meio de cálculos de frequência absoluta e relativa, da interpretação das respostas dos participantes e das informações obtidas com as visitas exploratórias. Resultados: os resultados encontrados nesta pesquisa apontam dissonâncias político-legais e normativas que impactam e fragilizam a percepção sanitária da relação entre polifarmácia, doenças crônicas e produção de resíduos sólidos e medicamentosos no cuidado a longo prazo a idosos. Conclusão: a incorporação dos princípios e das diretrizes da promoção do uso racional de medicamentos e das políticas públicas de gerenciamento de resíduos no regulamento técnico das residências para idosos se faz urgente. Tal incorporação deve visar a sustentabilidade financeira e ambiental, a organicidade e a racionalidade técnico-científica nos processos de gerenciar e de cuidar da pessoa idosa que vive fora do domicílio familiar.