ALTERAÇÕES NEURODEGENERATIVAS ASSOCIADAS COM SÍNDROME METABÓLICA E OBESIDADE: UMA REVISÃO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.47296/salusvita.v43i01.670Palavras-chave:
Obesidade, Neuroinflamação, Neurodegeneração, Síndrome Metabólica, Alterações NeurológicasResumo
Introdução: A obesidade é uma doença multifatorial com aumento da reserva energética corporal e diminuição do gasto e consequente excesso de gordura abdominal e aumento do peso corporal. Considerada um crescente problema de Saúde Pública, tem potencial risco para desenvolvimento de doenças metabólicas e neurodegenerativas devido à inflamação crônica, alterações metabólicas, hemodinâmicas e microcirculatórias, ocasionando declínio cognitivo e neuroinflamação. Objetivos: Revisar a literatura sobre as principais alterações neurodegenerativas desencadeadas pela síndrome metabólica quando associada à obesidade. Método: Estudo descritivo de revisão da literatura científica realizado no período de 2017 a 2023 com as palavras-chaves: Obesidade, Síndrome Metabólica, Alterações Neurodegeneratvas, Alterações Neurológicas e Neuroinflamação, e dados das bases de dados Pubmed, Scielo e Biblioteca Virtual de Saúde, com revisão de artigos científicos, capítulos de livros, dissertações e teses nos idiomas português e inglês. Resultados: Mecanismos fisiopatológicos da inflamação crônica desencadeiam a síndrome metabólica com hipertrofia dos adipócitos, resistência à insulina e estresse oxidativo, que ocasionam desarranjo metabólico e danificam a sinalização de leptina, grelina e insulina no cérebro, caracterizando a neuroinflamação. Danos no tecido cerebral com alteração do material genético, morte do tecido celular por apoptose e anaerobiose celular e fosforilação oxidativa geram isquemia cerebral e maior risco à AVE, dano neurológico cognitivo e processos neurodegenerativos como doença de Parkinson, Alzheimer e ELA. Considerações Finais: A gravidade das consequências neurológicas na obesidade crônica evidencia a necessidade do acompanhamento multiprofissional, além da promoção de saúde como medida preventiva, para minimizar sequelas neurológicas e contribuir com a qualidade de vida da população.