ARTIGO 9. Metais pesados no ar atmosférico – Uma revisão teórica

Abstract

O ar atmosférico gradativamente está se tornando preocupante à humanidade, pois as altas emissões de material particulado (PM) pelas atividades antropogênicas, veiculares, naturais (vulcões, poeira,) e industriais (mineradoras, siderúrgicas) associado aos metais pesados estão contribuindo uma taxa de mortalidade relativamente alta em todo o mundo. Estudos relatam que a presença desses metais, tais como As, Cd, Cr, Cu, Ni, Pb e Zn, no PM podem trazer efeitos adversos a saúde, como doenças respiratórias e cardiovasculares, além de afetar diretamente os biomas terrestres e aquáticos (animais e plantas). O presente trabalho tem como objetivo comparar estudos nacionais e internacionais relacionados a presença de metais no ar atmosfé- rico associados ao PM, bem como as suas respectivas fontes de emissões, métodos de detecção e possíveis formas de minimização, dando enfoque nas leis vigentes utilizadas para cada país, por meio de uma revisão teórica sistemática. Diante disso, os resultados mostraram que os metais, em sua grande parte, se encontram associados ao PM fino (MP2,5), ou seja, é a fração considerada transportadora ativas de metais tóxicos devido sua grande superfície de contato e consequentemente mais prejudicial à saúde. Sobre as leis de controle desse poluente foi de- monstrado que, no âmbito internacional, a OMS disponibiliza legislações mais efetivas, fazen- do com que todos estados/municípios monitorem com frequência a emissão de PM através da AQQC, já no âmbito nacional, faltam investimentos e recursos e apenas a CETESB monitora alguns munícipios do Estado de São Paulo.