Biomonitoramento do Ribeirão Água Parada (Bacia Hidrográfica do Rio Batalha) em Bauru (SP), utilizando Macroinvertebrados Bentônicos

Autores

  • Adriano Evandir Marchello
  • Jandira Liria Biscalquini Talamoni
  • Karine Delevati Colpo

Palavras-chave:

Granulometria, Bioindicadores, Qualidade da Água

Resumo

O problema de falta de água no município de Bauru tem se tornado uma constante, com rodízios constantes para a população, principalmente porque parte da cidade depende de um único rio para abastecimento público, o Batalha. Sendo assim, este trabalho objetivou caracterizar a comunidade de macroinvertebrados bentônicos do Ribeirão Água Parada, Bauru (São Paulo, Brasil), visto que esse vem sendo monitorado com a expectativa de que seja utilizado futuramente como manancial de abastecimento de água para a população daquele município. Para alcançar os objetivos, coletas foram realizadas no inverno (época de menor índice pluviométrico), analisando parâmetros abióticos (com uma sonda multiparamétrica e peneira sedimentológica) e bióticos (coleta com draga de macroinvertebrados bentônicos). Os resultados mostraram que a comunidade de macroinvertebrados bentônicos é muito pobre, tanto em riqueza de espécies quanto em abundância. Com exceção da concentração de matéria orgânica, os valores obtidos para as demais variáveis abióticas (pH, condutividade elétrica, temperatura e concentração de oxigênio dissolvido) não se mostraram estatisticamente diferentes, apresentando valores típicos de ambientes lóticos saudáveis. A baixa diversidade de macroinvertebrados bentônicos parece estar associada ao tipo de substrato encontrado (areia muito fina), o que dificulta a criação de micro-habitat e o estabelecimento dos organismos.

Publicado

2022-09-21