HIPNOSE NO CONTROLE DO MEDO E DA ANSIEDADE EM ODONTOPEDIATRIA

REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Resumo

Objetivo: Analisar a literatura científica acerca da eficácia da hipnose como técnica de gestão comportamental para reduzir a dor e/ou a ansiedade no tratamento odontopediátrico. Metodologia: A partir da pergunta norteadora “Qual é a efetividade da hipnose no manejo comportamental de crianças durante o tratamento odontológico?”, foi realizada uma busca nas bases de dados BVS, Cochrane Library, Google Acadêmico e PubMed, seguindo uma estratégia de combinação das palavras-chave “Odontopediatria” (Pediatric Dentistry), “Hipnose em Odontologia” (Hypnosis, Dental) e “Ansiedade ao tratamento odontológico” (Dental Anxiety). Não houve restrição com relação ao ano de publicação, idioma ou local em que o estudo foi realizado. A seleção dos estudos foi realizada em três etapas: por meio do processo de leitura dos títulos e resumos, exclusão de artigos duplicados e obtenção e leitura dos artigos completos selecionados. Resultados: De um total de 40 artigos encontrados, quatro foram selecionados, sendo incluídos manualmente mais dois numa busca manual nas referências dos artigos identificados e optou-se por acrescentar duas pesquisas. Desta forma, as referências dos artigos selecionados tornaram-se fontes de identificação de novos artigos, após conferência da lista de referências dos artigos incluídos, totalizando seis artigos analisados. Essas pesquisas foram conduzidas em diversos países como México, Índia, França, Turquia e Estados Unidos. Trezentas e quarenta e uma crianças foram analisadas, com idade variando de quatro a 16 anos. A hipnose, na maioria das pesquisas, foi avaliada antes e durante o procedimento odontológico anestésico local. A frequência cardíaca e a saturação de oxigênio foram medidas utilizadas para avaliar a ansiedade dos pacientes e a resistência física, entre outras ferramentas, foi utilizada para avaliar a dor em três pesquisas. Conclusão: A hipnose diminuiu significativamente a frequência cardíaca, a resistência física (principalmente o choro), a ansiedade e a dor em procedimentos de injeção anestésica local, e aumentou significativamente a cooperação dos pacientes Odontopediátricos, no entanto são necessários mais estudos randomizados sobre esse tema, com padronização metodológica, considerando o alto risco de viés encontrado nas pesquisas.